O
casal ANTONIO RAMPANELLI e LUCIA MORO – Uma vida marcada por tragédias.
Fonte: Produzido pelo autor
Antônio
Rampanelli era filho de Pietro Giovanni Rampanelli e Virginia Cassoli, nasceu
em 1893 na Linha José Júlio, junto ao Rio das Antas, na época Vila de Bento
Gonçalves/RS, hoje território pertencente à cidade de Veranópolis/RS. Este
lugar pela dificuldade de acesso ficou conhecido como o “cafundó do rio das
Antas”.
Lúcia Moro e Antônio Rampanelli. Fonte: Acervo familiar
Antônio
casou com Lúcia Moro, nascida em 1896, também na Linha José Júlio. Lúcia era
filha de Andrea Moro e Tereza Gasparetto e desta união tiveram nove filhos
legítimos: Elio, Hildebrando, Anacleto, Reinaldo, Leodonio, Adelino 1, Adelino
2, Doralice e Leonilda Rampanelli e mais dois filhos adotivos: Terezinha Schinaider
e Mário Rampanelli. Terezinha era filha de Leonilda Rampanelli e de Pedro
Schinaider e foi criada pelos avós Antonio e Lucia. Terezinha ainda vive e
reside na cidade de Cascavel/PR. Mário era sobrinho/neto de Antonio e Lúcia,
filho do sobrinho Pergentino Rampanelli e neto de João Rampanelli, irmão de
Antônio.
Andrea Moro e Tereza Gasparetto. Andrea morreu afogado no rio das Antas em Bento Gonçalves em 1911. O corpo não foi encontrado. Fonte: Acervo familiar
A
vida da família de Antônio e Lucia não foi de facilidades, tiveram que passar
por muitas dificuldades, como diz a neta Tereza: “uma família guerreira, uma
família de heróis”. A família mudou-se da Colônia de Alfredo Chaves, hoje
Veranópolis, para a Colônia Erechim, na região de Erval Grande no norte do Rio
Grande do Sul em busca de novas terras. Muitas picadas na mata foram abertas
pela família para chegar aos lotes adquiridos.
Após
alguns anos a família se dividiu, uma parte dela foi para Santa Catarina,
desbravando as matas virgens da região de Abelardo Luz e Coronel Freitas. Só
mais tarde o filho Elio que trabalhou como balseiro, transportando madeira pelo
rio Uruguai, segundo sua filha Tereza teria realizado 13 viagens, se juntou aos
irmãos em Santa Catarina.
A vida da família de Antonio Rampanelli e de Lucia Moro foi marcada por muitas tragédias. A primeira ocorreu com o pai de Lucia, Andrea Moro, que morreu em 1911, por afogamento no rio das Antas em Bento Gonçalves. A segunda foi com o filho mais velho, Adelino Rampanelli morto a tiros numa emboscada. Antonio e Lúcia ao nascer mais um filho, colocaram também, em homenagem ao filho falecido, o seu nome Adelino. Mais uma vez uma tragédia marcou a família e está atingiu o pequeno Adelino com apenas 18 meses de idade, foi atingido acidentalmente por um tiro disparado por um peão, que veio comprar cachaça produzida pela família de Antonio e Lucia. . Outro filho, Hildebrando Rampanelli, ao se defender de uma emboscada, também de imigrantes poloneses, acabou matando a tiros um deles. Foi condenado a seis (6) anos de prisão e cumpriu sua pena na Cadeia Pública de Porto Alegre, conhecida como o cadeião do Gazometro.
Exatamente
no dia 08 de Outubro de 1979 mais uma dupla tragédia se abateu sobre a família.
Os filhos dos já falecidos, Antonio e Lucia, Elio Rampanelli e o filho adotivo,
sobrinho/neto Mário Rampanelli morreram afogados no rio Chapecó, ao fazer a travessia do rio durante uma enchente, a velocidade da água virou a
canoa, jogando os dois na água. Essa história já foi contada em capítulo anterior.
Mesmo
com destinos tão trágicos a família foi levando a vida e superando as
dificuldades que se apresentavam.
Hoje,
Antonio e Lúcia tem um grande número de descendentes espalhados por esse Brasil
afora. Antonio faleceu em 1965 e Lucia em 1968, ambos com 72 anos de idade.
Estão sepultados em Coronel Freitas/SC.
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