domingo, 9 de março de 2025

Família Rampanelli - Capítulo XXIV - Os casamentos dos filhos de Giuseppe e Angela - Parte 2 - O casamento de Giuditta Rampanelli e Jeronymo Zangrande.

 

Bento Gonçalves, 04 de Fevereiro de 1893

Casamento Religioso de Giuditta Rampanelli X Jeronymo Zangrande




                        Após o casamento Giuditta Rampanelli foi morar no lote nº 36 de seu sogro Domenico Zangrande,  na Linha Geral Leste.

Localização do lote nº 36 da Estrada Geral Leste, na Vila de Bento Gonçalves de propriedade da família Zangrande.

O casamento civil de Jeronymo  Zangrande  X Giuditta Rampanelli

                        Assento  de  casamento nº 55, aos 22 dias  de outubro de 1910,   no cartório nesta Vila de Bento Gonçalves, estado do Rio Grande do Sul, na presença do Juiz Distrital e das testemunhas, receberam-se em matrimônio, o cidadão Jeronymo Zangrande, filho legitimo de Domingos Zangrande e de Angela Guerra, com 45 anos de idade, natural da Itália, de profissão lavrador, solteiro, católico e residente na Linha Geral, distrito desse município, com dona Judith Rampanelli, filha legítima de Giuseppe Rampanelli e de Angela Nicolodi, com 36 anos de idade, natural da Áustria, solteira, católica e residente na mesma Linha:  os quais declaram que de seu consórcio tem sete filhos, que são: Maria (07/09/1894), João (16/12/1896), Angela (01/06/1898), Angelo (26/09/1900), Vitória (10/01/1902),  José (10/01/1904) e Vitório (04/08/1908). Lavrado o ato pelo Escrivão Julio Lorenzoni, que vai assinado pelo Juiz, pelas testemunhas, os nubentes assinam a rogo por não saber assinar.

O casamento civil (1910) de Jeronymo e Giuditta só foi realizado 17 anos depois do casamento religioso (1893), fato muito comum naqueles tempos, quando o casal já tinha sete filhos. Mesmo após vários anos da instituição do matrimônio civil, promulgado pela lei de (1890), muitos casamentos continuavam a ser realizados, apenas no religioso.

Após o casamento civil Jeronymo e Giuditta tiveram mais dois filhos, Attilio Rampanelli Zangrande em 1913 e Ida Rampanelli Zangrande em 1916.

Falecimento de Jerônymo Zangrande

                        No dia 31 de janeiro de 1919, veio à óbito,  em sua residência, no lote 36 da Linha Geral Leste, por morte natural, sem assistência médica, com 54 anos de idade, Jeronymo Zangrande, sendo sepultado no cemitério da Vila de Bento Gonçalves. Deixou a viúva Giuditta Rampanelli Zangrande e os filhos: Maria com 24 anos, João com 22 anos, Angela com 19 anos, Angelo com 17 anos, Victória com 15 anos, Luigi Giuseppe com 12 anos, Victório com 10 anos, Attilio com 6 anos e Ida com 3 anos de idade. Quando ficou viúva Giuditta estava gravida de sete meses. Seu décimo filho, Jeronymo Zangrande nasceu no dia 28 de março de 1919.

A Gripe Espanhola no Rio Grande do Sul – 1918-1920

Nota do autor: Jerônimo Zangrande faleceu em 1919, com 54 anos de idade, em sua residência, por morte natural, sem assistência médica.  Nos anos de 1918 a 1920, o mundo se viu mergulhado na pandemia do vírus influenza, conhecida como Gripe Espanhola que vitimizou, 50 milhões de pessoas no mundo, no Brasil foram 35 mil  vítimas. Provavelmente pode ter sido vítima da gripe espanhola e pela falta de assistência médica, faleceu sem saber.

 

Pacientes da gripe espanhola, sendo atendidos na Enfermaria do Hospital da Brigada Militar em Porto Alegre em 1918.  Acervo Museu da  Brigada Militar do Rio Grande do Sul.

                         A filha de Giuseppe e Angela, Giuditta Rampanelli Zangrande, ficou viúva com 44 anos de idade e após a morte do marido, nos primórdios da década de 1920, mudou-se com os seus dez filhos para a Colônia Guaporé, indo residir no Distrito de Dois Lajeados.


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