segunda-feira, 24 de março de 2025

Família Rampanelli - Capítulo XXX - Deixando Bento Gonçalves - 1911 -1920

                                                               grande seca de 1911

                        Nos primeiros dias de 1911, uma grande seca assolou a região. Rios e poços quase todos secos. No rio das Antas, em muitos lugares era possível atravessar a pé. A maioria das colheitas já era considerada perdida.   A parreira já sofria muito por falta de uma boa chuva. Para piorar o fogo nos municípios de Alfredo Chaves e Guaporé, já devastava completamente grandes zonas de pinheirais.

Faça-se a luz

                        A iluminação elétrica em Bento Gonçalves só foi concretizada em 1922, portanto, nos mais de quarenta e cinco anos da família Rampanelli em Bento Gonçalves foi sem a presença da eletricidade. A iluminação pública e das residências  se dava por meio de   lamparinas, uma espécie de lampião (ciareto),  eram um recipiente de lata feito com um pavio embebido em querosene, na falta deste, com sebo e banha de porco, que quando acesso iluminava. Essa era a única luz que tinham à noite, além da luz da lua e das estrelas. Os bisavós Giuseppe e Ângela faleceram sem usufruírem do conforto da luz elétrica.

Últimos tempos em Bento Gonçalves

                        Em relação à presença da família Rampanelli na cidade de Bento Gonçalves, nossa pesquisa não encontrou datas especificas de quando cada filho saiu para outras colônias. Os irmãos Pietro Giovanni e Giovanni, já estavam em Alfredo Chaves em 1896, posteriormente foram para a Colônia Guaporé. O irmão Carlo já se encontrava em Dois Lajeados, na Colônia Guaporé em 1900. O irmão Isidoro casou em Dois Lajeados na Colônia Guaporé em 1904. O irmão mais velho Luigi ficou com a propriedade da família após a morte do pai  Giuseppe em 1899, mas em 1916,  já estava em Vespasiano Corrêa na Colônia Guaporé.

                        A irmã Giuditta foi a que permaneceu mais tempo em Bento Gonçalves, seus dez filhos nasceram entre 1894 e 1919, todos em Bento Gonçalves. O seu marido Jeronymo Zangrande, faleceu em Bento Gonçalves em 1919, mas no censo rural de 1920,  ainda possuía o lote de terras de nº 36  na Linha Geral Leste, em Bento Gonçalves, com propriedade compartilhada com seus filhos. Somente na década de 1920 mudou-se com seus filhos para Dois Lajeados na colônia Guaporé.

 

Nesse contexto da cidade de Bento Gonçalves, por volta de 1920, os membros remanescentes da família Rampanelli, da 2ª e 3ª geração, deixam a cidade, buscando novos ninhos em outras paisagens. Deixam aqui sepultados, os pioneiros,  Giuseppe Rampanelli e Angela Nicolodi e um legado de mais de 45 anos, foram seus fundadores, primeiros moradores e colaboraram com seu trabalho na construção desta prospera cidade.

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