De Linha 11 à Serafina Corrêa
Entre
as 22 linhas da colônia de Guaporé, encontrava-se a linha 11, que em 22 de
julho de 1960, tornou-se o município de Serafina Corrêa, desmembrando-se do
município de Guaporé, antiga sede da colônia. A colonização da antiga linha 11,
iniciou por volta de 1892, com a chegada
de seus primeiros moradores, entre eles José Franciosi, Orestes Assoni, Antônio
Marin, João Variani, Achyles Cervieri, Anibal Fornari, Francisco Pan, famílias
Soccol, Corso e Martinelli, imigrantes oriundos do norte da Itália.
Até
1910 também era conhecida como povoado Dona Fifina Corrêa. Em 1911 é elevada a
5º Distrito de Guaporé. Em 1921 passa de Capela Curada a Paróquia sob o orago
de Nossa Senhora do Rosário de Guaporé.
Em 1924 foi rebaixada novamente a povoado, voltando a ser o 8º Distrito no ano seguinte. De novo rebaixada a povoado em 1929. Com a intervenção do Estado no ano de 1930, foi novamente estabelecida à condição anterior, agora como 9º Distrito de Guaporé, condição que permaneceu até a sua emancipação em 1960.
O
nome Serafina Corrêa é uma homenagem à esposa do primeiro Intendente de
Guaporé, engenheiro Vespasiano Corrêa.
Imagem:Serafina Corrêa(DonaFifina).
Fonte:
A
família Rampanelli entra para a história da Linha 11, atual Serafina Corrêa no
ano de 1941 e continua fazendo história até hoje.
Homenagem da comunidade
serafinense as famílias de seus primeiros moradores, os colonos imigrantes e
seus descendentes. Entre eles a família Rampanelli, último nome na placa.
Os imigrantes
pioneiros da Linha 11, atual Serafina Corrêa-RS. Fundos, da esquerda para a
direita: Antenor Davi, Fioravante Cervieri, José Zilio, João Corso, André
Rossi, Benjamin Vivian, Narciso Zilio. Frente,
da esquerda para a direita: Pedro Zambenedetti, Francisco Badanese, José
Franciosi, José Girardi, Aníbal Fornari, Francisco Pan e Orestes Assoni. Fonte: Livro Serafina Corrêa – memórias da Linha 11.
(Re) fazendo o percurso de Carlo
Costante Rampanelli e de seus descendentes
Carlo Costante Rampanelli foi o primeiro filho brasileiro de Giuseppe Rampanelli e Angela Nicolodi, nascido na Colônia Dona Isabel, hoje cidade de Bento Gonçalves, em 06 de junho de 1878.
Casou com Catherina Bonatto, filha de Pietro Bonatto e de Luigia Fabris, nascida em Gênova na Itália em 05 de março de 1878. Catherina emigrou com sua família para o Brasil com cinco anos de idade. Desta união, realizada em 11 de novembro de 1898 em Bento Gonçalves/RS, nasceram 11 filhos, Ludovico, Ângela Luiza, Fioravante, José, Judithe, Arlindo, Ida, Vitória, Antônio, Leonildo e Elide Rampanelli.
Imagem: Carlo Rampanelli e Catherina Bonatto;
Carlo mudou-se para a Colônia Deodorópolis, atual município de Dois Lajeados, após a morte de seu pai Giuseppe Rampanelli em 1899, adquirindo terras na Linha Visconde de Sabóia (Censo 1920), onde permaneceu até 1941.
Carlo transferiu-se, em 1941, período da segunda Guerra Mundial (1939-1945) com sua família para a Linha 11, atual Serafina Corrêa, à época Distrito de Guaporé, motivado pela grande demanda de trabalho, em busca de novas oportunidades para seus filhos menores, Ida, Elide e o pai deste autor, Leonildo Rampanelli.
Carlo
Costante Rampanelli e seus netos em Campinas do Sul/RS.
O
autor Luiz Rampanelli e os nonos Carlo e Catherina
Desde criança, sempre fui muito curioso em
relação aos meus avós, pois infelizmente convivi muito pouco tempo com eles. O
meu avô Carlo Rampanelli, brasileiro, filho de tiroleses austríacos, faleceu no ano de 1961, quando eu tinha apenas 3 anos
de idade, mas mesmo assim guardo na
memória dois momentos: o primeiro, quando ele ficava sentado num cepo de
madeira, usado para rachar lenha, em frente a um forno de barro, de assar pão,
onde preparava o seu cachimbo. Nesse momento eu sentava no seu colo, ainda
hoje, guardo na memória o aroma adocicado do tabaco. O segundo momento,
infelizmente muito triste, foi no dia do seu enterro em 12 de abril de 1961,
com 82 anos de idade. Vi a saída do
féretro de sua residência e acompanhei de longe enquanto se dirigiam ao
cemitério para o sepultamento. Ficou a sensação até hoje, de que naquele
momento perdia o meu avô para sempre.
Em relação a minha avó Catherina
Bonatto, de origem genovesa na Itália,
tive um convívio um pouco maior, não muito maior. Ela morava com minhas tias Elide e Ida em outra casa, que hoje não existe mais. Ela era de estatura
muito pequena, parecia uma criança e também como a maioria dos italianos, muito
religiosa, não faltava a missa nunca.
Acompanhei o drama da sua velhice e doença, ela faleceu em 01 de fevereiro de
1965 com 86 anos de idade, por insuficiência cardíaca, quando eu tinha apenas 7
anos de idade.
A Última Morada
Carlo e Catherina (Catharina)
faleceram em Serafina Corrêa, ele primeiro em 12 de abril de 1961, com 82
anos, ela em 01 de fevereiro de 1965,
com 86 anos, ambos, tendo como causa de morte, insuficiência cardíaca, estão
enterrados no jazigo da família no cemitério municipal de Serafina Corrêa-RS.
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