quarta-feira, 2 de abril de 2025

Família Rampanelli - Capítulo XXXV - A Família Rampanelli na Linha 11 (Serafina Corrêa-RS)

 

De Linha 11 à Serafina Corrêa

                        Entre as 22 linhas da colônia de Guaporé, encontrava-se a linha 11, que em 22 de julho de 1960, tornou-se o município de Serafina Corrêa, desmembrando-se do município de Guaporé, antiga sede da colônia. A colonização da antiga linha 11, iniciou  por volta de 1892, com a chegada de seus primeiros moradores, entre eles José Franciosi, Orestes Assoni, Antônio Marin, João Variani, Achyles Cervieri, Anibal Fornari, Francisco Pan, famílias Soccol, Corso e Martinelli, imigrantes oriundos do norte da Itália.

                                 Antiga linha 11, hoje município de Serafina Corrêa-RS. Imagem: 1911

            Até 1910 também era conhecida como povoado Dona Fifina Corrêa. Em 1911 é elevada a 5º Distrito de Guaporé. Em 1921 passa de Capela Curada a Paróquia sob o orago de Nossa Senhora do Rosário de Guaporé.

Antiga Linha 11, hoje Serafina Corrêa-RS. A imagem mostra um original conjunto de uma capela italiana, composta por Igreja, campanário, casa canônica, salão comunitário e cemitério (fundos à direita).



           

Em 1924 foi rebaixada novamente a povoado, voltando a ser o 8º Distrito no ano seguinte. De novo rebaixada a povoado em 1929. Com a intervenção do Estado no ano de 1930, foi novamente estabelecida à condição anterior, agora como 9º Distrito de Guaporé, condição que permaneceu até a sua emancipação em 1960.

            O nome Serafina Corrêa é uma homenagem à esposa do primeiro Intendente de Guaporé, engenheiro Vespasiano Corrêa.


Imagem:Serafina Corrêa(DonaFifina).

Fonte:https://www.serafinacorrea.rs.gov.br/pagina/historia

           

            A família Rampanelli entra para a história da Linha 11, atual Serafina Corrêa no ano de 1941 e continua fazendo história até hoje.

    

Homenagem da comunidade serafinense as famílias de seus primeiros moradores, os colonos imigrantes e seus descendentes. Entre eles a família Rampanelli, último nome na placa.

Os imigrantes pioneiros da Linha 11, atual Serafina Corrêa-RS. Fundos, da esquerda para a direita: Antenor Davi, Fioravante Cervieri, José Zilio, João Corso, André Rossi, Benjamin Vivian, Narciso Zilio. Frente, da esquerda para a direita: Pedro Zambenedetti, Francisco Badanese, José Franciosi, José Girardi, Aníbal Fornari, Francisco Pan e Orestes Assoni. Fonte: Livro Serafina Corrêa – memórias da Linha 11.

(Re) fazendo o percurso de Carlo Costante Rampanelli e de seus descendentes

            Carlo Costante Rampanelli foi o primeiro filho brasileiro de Giuseppe Rampanelli e Angela Nicolodi, nascido na Colônia Dona Isabel, hoje cidade de Bento Gonçalves, em 06 de junho de 1878.

            Casou com Catherina Bonatto,  filha de Pietro Bonatto e de Luigia Fabris, nascida em Gênova na Itália em 05 de março de 1878. Catherina emigrou com sua família para o Brasil com cinco anos de idade. Desta união, realizada em 11 de novembro de 1898 em Bento Gonçalves/RS, nasceram 11 filhos, Ludovico, Ângela Luiza, Fioravante, José, Judithe, Arlindo, Ida, Vitória, Antônio, Leonildo e Elide Rampanelli.

Imagem: Carlo Rampanelli e Catherina Bonatto;

            Carlo mudou-se para a Colônia Deodorópolis, atual município de Dois Lajeados, após a morte de seu pai Giuseppe Rampanelli em 1899, adquirindo terras na Linha Visconde de Sabóia (Censo 1920), onde permaneceu até 1941.

           


             Carlo transferiu-se, em 1941, período da segunda Guerra Mundial (1939-1945) com sua família para a Linha 11, atual  Serafina Corrêa, à época Distrito de Guaporé, motivado pela grande demanda de trabalho, em busca de  novas oportunidades para seus filhos menores, Ida, Elide e o pai deste autor, Leonildo Rampanelli.

 


Carlo Costante Rampanelli e seus netos em Campinas do Sul/RS.

 

 

O autor Luiz Rampanelli e os nonos Carlo e Catherina

                         Desde criança, sempre fui muito curioso em relação aos meus avós, pois infelizmente convivi muito pouco tempo com eles. O meu avô Carlo Rampanelli, brasileiro, filho de tiroleses austríacos,  faleceu  no ano de 1961, quando eu tinha apenas 3 anos de idade,  mas mesmo assim guardo na memória dois momentos: o primeiro, quando ele ficava sentado num cepo de madeira, usado para rachar lenha, em frente a um forno de barro, de assar pão, onde preparava o seu cachimbo. Nesse momento eu sentava no seu colo, ainda hoje, guardo na memória o aroma adocicado do tabaco. O segundo momento, infelizmente muito triste, foi no dia do seu enterro em 12 de abril de 1961, com 82 anos de idade.  Vi a saída do féretro de sua residência e acompanhei de longe enquanto se dirigiam ao cemitério para o sepultamento. Ficou a sensação até hoje, de que naquele momento perdia o meu avô para sempre.

                    Em relação a minha avó Catherina Bonatto,  de origem genovesa na Itália, tive um convívio um pouco maior, não muito maior. Ela morava  com minhas tias Elide e Ida em outra casa,  que hoje não existe mais. Ela era de estatura muito pequena, parecia uma criança e também como a maioria dos italianos, muito religiosa, não faltava  a missa nunca. Acompanhei o drama da sua velhice e doença, ela faleceu em 01 de fevereiro de 1965 com 86 anos de idade, por insuficiência cardíaca, quando eu tinha apenas 7 anos de idade.

Serafina Corrêa, antiga Linha 11, ano de 1958. A seta mostra a casa onde residia a família de Carlo Costante Rampanelli.

A Última Morada

            Carlo e Catherina (Catharina) faleceram em Serafina Corrêa, ele primeiro em 12 de abril de 1961, com 82 anos,  ela em 01 de fevereiro de 1965, com 86 anos, ambos, tendo como causa de morte, insuficiência cardíaca, estão enterrados no jazigo da família no cemitério municipal de Serafina Corrêa-RS.

Neste jazigo das famílias Rampanelli/Aschidamini/Bassani no Cemitério Municipal de Serafina Corrêa, estão os restos mortais de Carlo Rampanelli e de Catherina Bonatto e de seus filhos Leonildo, Ida e Elide  Rampanelli, além de outros familiares da família Aschidamini  e da família Bassani, com laços de parentesco, por casamentos com a família Rampanelli.

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